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Incontinência Urinária em Atletas do Sexo Feminino Ligada a Baixa Disponibilidade de Energia

Atleta

Sabias que a incontinência urinária em atletas do sexo feminino está ligada à baixa disponibilidade de energia?

A incontinência urinária impacta atletas do sexo feminino, independentemente da idade e é transversal a todas as modalidades desportivas. Contudo, este é um problema pouco reportado e uma das causas que motiva o abandono de  atletas.

Investigadores e médicos do Boston Children’s Hospital Female Athlete Program  e do Department of Urology  decidiram estudar os fatores que poderiam contribuir para o surgimento da incontinência urinária em desportistas. Kristin Whitney, médica especialista em medicina desportiva, MD, MA enquadra o tema “nós já sabíamos que a baixa disponibilidade de energia, que ocorre porque as atletas não ingerem calorias em quantidade suficiente para responder às exigências dos seus treinos, tem estado ligada a diversos problemas de saúde e com impacto na sua performance desportiva.” Entre estes problemas incluem-se disfunções menstruais, deficiente saúde óssea, problemas cardíacos e gastrointestinais, reduzida endurance e força muscular.

Por isso, os investigadores deste hospital decidiram tentar perceber se a incontinência urinária também poderia estar ligada a problemas de disponibilidade de energia.

Resultados do estudo

Este estudo, recentemente publicado e liderado por Kathryn Ackerman, MD, MPH, envolveu mais de 1000 atletas femininas entre os 15 e os 30 anos de idade e todas seguidas pelo Boston Children’s Sports Medicine Division. Os dados recolhidos revelam que:

  • 16,5% das atletas tinham problemas de incontinência urinária durante a prática desportiva;
  • as que apresentavam baixa disponibilidade de energia eram 2 vezes mais propensas a relatar incontinência urinária em qualquer modalidade desportiva;
  • as que praticavam desporto de alto impacto (atletismo, salto, ginástica ou halterofilismo, entre outras) tinham uma prevalência 4,5 vezes superior de incontinência urinária, por comparação às de outras modalidades.

Possivelmente, a conclusão mais interessante deste estudo é que independentemente do tipo de desporto que praticavam, a incontinência urinária era mais prevalente nas atletas femininas que apresentavam menor disponibilidade de energia.

Whitney refere poder-se concluir que “uma baixa disponibilidade de energia é um fator de risco independente, o qual contribui para despoletar incontinência urinária em praticantes de qualquer modalidade desportiva.” E deixa um alerta “se tiver uma alimentação deficiente e com fraco aporte calórico, ou seja pobre em energia, terá um risco aumentado de sofrer de incontinência urinária.”

Face aos resultados deste estudo, a MOONSPORT recomenda-te:
  1. Consultar um nutricionista ou um médico especialista em medicina desportiva que te ajude a definir o plano nutricional que melhor se adequa ao teu metabolismo e à tua prática desportiva (tipo, regularidade e intensidade).
  2. Exercitar os pequenos grupos musculares situados no interior do pavimento pélvico, porque quando trabalhas os grupos musculares maiores estes não são envolvidos. Como tal, praticar desporto ou estar em boa forma física não é o suficiente para o tornar a tua zona pélvica mais forte.
  3. Seguir uma alimentação diária equilibrada e saudável, preferencialmente baseada em alimentos biológicos e não processados, sem açúcares adicionados, nem corantes ou conservantes.
  4. Ingerir calorias saudáveis e na quantidade adequada à prática de cada modalidade desportiva. Deves ter em consideração a duração dos treinos e as tuas necessidades específicas, já que estas variam de indivíduo para indivíduo.
  5. Garantir uma hidratação adequada.
  6. Utilizar uma nutrição desportiva de elevada qualidade, ou seja 100% natural, Bio & Vegan, como é o caso da INNERME, a marca que representamos.

Fontes:

Study links urinary incontinence in female athletes to low energy availability


https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33622629/